Explicar quem sou é me perder em meio ao deserto
É sentir sede e não poder beber água
É me prender em uma gaiola e não poder voar
É mergulhar no mar e me afogar.
Porque ás vezes mesmo, nem eu mesmo me reconheço
Eu sou a solidão de quem um dia já não sentiu ausência
Eu sou a saudade de quem guardou lembranças
Eu sou a recordação de quem ficou na história
Eu sou a emoção de quem já viveu paixão.
A palavra que falou verdades
A mentira de quem necessitou usá-la
A decepção de quem se arriscou
Sou o ódio de quem não mudou.
O medo que impossibilitou os passos
Os passos que não encontraram caminho
Caminho que já viu tropeços
Os tropeços da alma
Sou a alma que procura a calma.
Sou os problemas que ficaram esquecidos
Sou as soluções de quem nunca encontrou
Sou a dor de quem não curou a ferida
E sou a lágrima de quem já amou.
O mistério que os olhos procura
A timidez que encanta e impossibilita
O horizonte que tem performasse e perfeição
Um baú de várias tristezas
Sou um dicionário de belezas.
Sou o silêncio que o barulho procura
Sou o barulho de quem precisa acordar
Sou o sonho que a vida precisa
Sou a paz que precisamos encontrar
Sou a guerra de alegria
Sou um pouco perdido
Sou o encontro do desconhecido
Sou a expressão do que é vivido.
Sou a tempestade de euforia
Sou a sombra de quem precisa fugir do sol
Sou o medo que impossibilita
Mas também sou
O sol que brilha e acredita.
Sou o sempre que não existiu
Mas não sou o nunca que já desistiu
Sou o que quero amanhã
Mas sei do hoje que preciso viver
Sei olhar um pouco pra trás
Mas sei que preciso seguir em frente pra vencer!
Por: Francisco Sousa
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