Foto:Montagem/Fco.Sousa
Confesso que dar uma dor no peito
Em ver o mundo dividido
Crianças na rua pedindo
E homens de gravata mentindo.
Confesso que me maltrata ver
Comida jogado no lixo
Desperdício de quem tanto come
Enquanto pessoas sofrem com fome.
Confesso que meus olhos choram
Em ver crianças nas estatísticas de morte
Jogadas das janela, no lixo e no rio
Outras na rua sofrendo, abandonadas com frio.
Confesso que não consigo entender
Crianças sendo exploradas
Crianças cheirando cola
Sem ao menos conhecer um livro
Sem ao menos ir a escola.
Confesso que fico chocado
Em ver pessoas indefesas agredidas
A violência sendo destaque dos jornais
O Reflexo de fatos reais.
Confesso que sinto vergonha
Das filas enormes dos hospitais
Da ironia e da humilhação
Do desrespeito a cada cidadão.
Confesso que fico tremulo
Com um mar de assaltos e tanta guerra
Em ver a impunidade
Os mascarados em liberdade.
Confesso que fico procurando
E não encontro justiça
Só encontro defeito
Tento e não enxergo o DIREITO.
Confesso que não encontro
Por onde anda a igualdade
Ainda vejo o preconceito
Tanta gente sofrendo desrespeito.
Confesso que tanta coisa me decepciona
Mas acredito na mudança
Porque aqui no meu peito
Exista uma chama de esperança.
Confesso que nós jovens
Ainda não temos tantas oportunidades
Mas podemos ter um novo olhar
Tendo boas ações, pra esse mundo transformar.
Podemos plantar confissões
De pensamentos concretos
Sermos uma geração diferente
Que plante e colha a semente.
Uma palavra, um passo
Uma mão pra ajudar
Pode começar com você mesmo
Nunca se pode ter medo
Nem se pode achar tarde
Se ao menos não se conhece o que é cedo.
Por: Francisco Sousa
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