Sertão de povo simples
De povo trabalhador
Que mesmo quando a seca castiga
Vai levando no peito amor.
Gente de alma pura
De respeito e de verdade
Que segue a vida sem medo
Suportando a saudade.
A saudade das boas chuvas
Dos filhos que vão embora
Das farinhadas e dos festejos
E assim o coração chora.
O sertão guarda riquezas
É a magia do seu povo
Que conta e inventas histórias
E viaja em um mundo novo.
Novo de esperança
Pra não guardar tanta dor
Esse é o povo do sertão
Esse é o povo vencedor.
Trabalha na roça todo dia
Faz a sua plantação
E festeja com alegria
Quando colhe o seu feijão.
A mulher cuida dos filhos
E também do seu bordado
E sonha a cada dia
Com um futuro bem pintado.
Os homens que são vaqueiros
Cuidam da sua boiada
Em meio aos galhos secos
Sabem que a vida é aperreada.
Mas quando vem a chuva
Molhando todo o chão
Nasce logo uma esperança
E acelera o coração.
É a semente da alegria
Quando enche a lagoa
Pra encher todos os potes
E beber água tão boa.
Os passarinhos até cantam
E aparecem belas flores
No meio dos galhos secos
Estampam novas cores.
O mandacarú está florido
E logo vem a farinhada
Pra fazer muita farinha
E arrumar uma namorada.
Os festejos se aproximam
E todos com sua devoção
Agradecem aos santos
Com tamanha satisfação.
É assim o sertão
Cheio de muita alegria
Desse povo acolhedor
Que faz da vida uma fantasia.
Eu queria que olhassem pro sertão
Com muito mais amor
E ajudassem esse povo
Tão humilde e lutador.
Sei que muita coisa já mudou
Mas o retrato não tem cor
Tem muita gente na miséria
Que ainda ninguem olhou.
O sertão é a rima
Que precisa se encontrar
Entre uma palavra e outra
Pra que possa melhorar.
Eu sei que a minha rima
Não contou tudo do sertão
Mais tenho orgulho imenso
Desse povo tão irmão.
Por: Francisco Sousa
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